Tuesday, August 28, 2007


este blogue está numa pausa prolongada para almoço!
não deixem de visitar o novo manual de instruções para a cidade do porto em:


Friday, August 3, 2007

Dear architects, i am sick of your shit
by annie choi

Talvez a melhor descrição daquilo que os outros acham que um arquitecto faz. E o que é que realmente faz?

"Once, a long time ago in the days of yore, I had a friend who was studying architecture to become, presumably, an architect.This friend introduced me to other friends, who were also studying architecture.

Then these friends had other friends who were architects - real architects doing real architecture like designing luxury condos that look a lot like glass dildos. And these real architects knew other real architects and now the only people I know are architects. And they all design glass dildos that I will never work or live in and serve only to obstruct my view of New Jersey.

Do not get me wrong, architects. I like you as a person. I think you are nice, smell good most of the time, and I like your glasses. You have crazy hair, and if you are lucky, most of it is on your head. But I do not care about architecture. It is true. "


(ler o resto em: http://www.partiv.com/2007/07/19/dear-architects-i-am-sick-of-your-shit/)

Monday, July 30, 2007

Carnet de route - O egipto

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Caderno de uma viagem de oito dias ao Egipto, entre o Cairo, Luxor, Assuão e Abu Simbel, tendo o Nilo como guia eterno e companheiro inseperável.

imagem. piramides de Giza (julho 2007)
plb. julho 2007

Wednesday, July 18, 2007

ex-house. it seems that we have to leave!
im still in love for an homeless house or i just lost my shoes?



Por várias razões, algumas lógicas outras demasiado absurdas sequer para serem referidas, vamos sair da casa. Decisão difícil, porque esta oportunidade de poder habitar um edifício dessa dimensão, em plena ribeira, era única e provavelmente irrepetível. Talvez não. Entre as festas, as exposições, as experiências, as intervenções, esta casa quis ser sempre algo mais, que juntasse arquitectura e música, artes plásticas e a possibilidade de viver na baixa-ribeira.

Utilizar este edifício, como se utilizasse a cidade, contemplando, deambulando, intervindo, reutilizando. Contemplar o tempo, como um infinito substrato de coisas que se agarram às paredes, ao chão, ao tecto. Deambulando por corredores vazios, como se fossem ruas, salas como praças. Intervir, reutilizar, agir sobre esses espaços, dotar-lhes de novos usos, novas operações, novos habitats, sem destruir, sem aniquilar aquilo que lhe dá significado. Essa imersão infinita no tempo, na memória, na cidade.

E agora, que digo adeus, cada vez penso mais que este edifício é esta cidade. Com os seus corredores vazios, com as suas salas abandonadas, que nós reconvertemos, que enchemos de gente, de música, de fotografias e serigrafias penduradas nessas paredes poeirentas. Candeeiros, vestidos suspendidos pelas escadas, o desejo de percorrer a correr essas caixa de escada e sair voando pela claraboia. Mas nós, eu sou apenas eu.

Há senhorios que deixam morrer a cidade. Os corredores vão voltar a estar vazios, as salas de portadas fechadas. Porque há pessoas que preferem ter e deixar morrer a permitir que outros usem, tenham ideias, façam, concretizem. Há demasiados preconceitos, conservadorismos, há demasiado dinheiro onde não deveria haver, e pessoas erradas com dinheiro errado. E enquanto, não se criar oPORTOnidades, para que seja essa camada activa da população a intervir sobre a cidade, designers, arquitectos, artistas, musicos, investigadores. A cidade fechar-se-à ainda mais, tal como esta casa.

Fecho as portadas e tranco a porta, mas apetece-me deixar as luzes todas acesas, as janelas todas abertas e dizer: entrem, ocupem esta casa, ocupem esta cidade. É vossa...

plb

Monday, July 16, 2007

now displaying in OPO:
Using. Reusing
sights for an urban dwelling

a room for book lovers and more

em exibição em:

www.opo-021.blogspot.com


Thursday, June 28, 2007

Now Displaying in OPO:
Falling Dresses over an homeless house
em exibição em:
opo

Thursday, June 7, 2007

Not for RENT! Nicht zu VERMIETEN! Não está para ALUGAR! Blog of aN DESoccupied building in Porto or How to REuse an homeless house?


“We should long ago have got into the habit of moving about, of moving freely(…), we haven’t asked ourselves why it was there and not somewhere else, why it was like this and not otherwise. Then, obviously, it was too late, our habits were formed”

Georges Perec, Species of Spaces

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i. La città invisibili


As cidades confrontam-se, hoje, com o problema crescente da multiplicação de espaços abandonados, casas e edifícios desabitados que foram perdendo as funções sobre as quais estavam ordenados. Por outro lado, parecem ser do ponto de vista da sua forma e espaço, inadequados para responder às variantes e às exigências do habitar contemporâneo. Um habitar cada vez mais suburbano e menos urbano, baseado na lógica do carro, das rápidas comunicações, transformando o centro da cidade numa espécie de cenário turístico escrito em anglo-saxónico.

ii. This is not for rent!


O “regresso à baixa”, o lema da revitalização urbana, tenta impor um conjunto de práticas e estratégias, que visam adaptar os edifícios às novas condições contemporâneas. Nada de errado à partida. Mas mais importante seria, talvez, resgatar a ideia da cidade enquanto dispositivo de operações urbanas, sociais e culturais. Não quer dizer voltar atrás e refazer a configuração tradicional de cidade, mas sim devolver a urbanidade à cidade. A cidade como local de encontro de pessoas, de concretização de eventos, de acções sociais e práticas culturais. Um dispositivo sensível e orgânico aberto a novas formas de utilizar e reutilizar a cidade, de forma a valorizar o seu potencial representativo e urbano. O deserto hoje não está na margem sul, mas aqui bem no centro da cidade. Não basta enquadrar os sistemas político-jurídico-financeiros, é preciso que haja estratégia e que essa passe por uma compreensão global da cidade.

iii. How to ReUse an homeless city?


Deveríamos, por isso, pensar que talvez não sejam estes edifícios que estão errados, mas algumas das nossas práticas correntes. E que estes estão apenas silenciosamente à espera do nosso “regresso”. O diário gráfico produzido no blogue, acerca deste edifício situado na ribeira reflecte sobre isso, sobre a excessiva “maquinização” das nossas casas e o seu encerramento em rotinas e práticas estabelecidas. Não há espaço de transgressão ou....
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»»»»»»ler o resto em: www.opo-021.blogspot.com (clique aqui)

Sunday, May 13, 2007

carnet de route.
caderno de um português na índia. imagens e textos de uma viagem pelo oriente.

texto:
"A beleza do Taj Mahal está na única coisa que daqui, nesta mera versão fotográfica da realidade, não vemos: os detalhes. São os detalhes que imprimem coerência a todo o edifício: nada é pintado, tudo é pedra e mármore de cores diferentes; as arestas são duplas e limpas, reforçam os diversos planos da fachada; há as molduras dessas janelas pequenas; há essas frases escritas na fachada com mármore negro; essas torres verticais e há essa luz que reflecte no rio e prolonga o edifício todas as manhas, todos os dias, todas as noites, quando a lua é a única testemunha desse amor mármore."

Tuesday, April 10, 2007

carnet de route. berliner philharmoniker.



Em Berlim, para muitos arquitectos, existe um destino óbvio, a Neu National Galerie do sempre eterno Mies Van der Rohe. Mas do outro lado, entre a rua e a imensidão do Tiergarten, entre as luzes da Potsdamer Platz e o silencio situa-se a indiscreta berliner philharmoniker, que com os seus paineis dourados reflecte a indecisa luz solar berlinense.

Construída pelo arquitecto alemão, Hans Sharoun no inicio dos anos 60, tinha como objectivo albergar a orquestra filarmónica de Berlim, os seus músicos e a sua música num ambiente onde a acústica seria quase perfeita. Mas a filarmonia é muito mais que isso, ensaia tudo aquilo que as outras salas não ensaiam e vai muito mais longe nas relações que constrói entre o público e a música, entre o público e o espaço e entre a música e o espaço. Nunca a arquitectura pareceu seguir tão fluidamente o seu programa como aqui.

Na filarmonia o espectáculo não é o edifício em si, mas as pessoas. As pessoas que se movimentam entre as rampas e escadas que se cruzam, as pessoas que aguardam impacientes na bilheteira, as pessoas que passeiam entre o bar e o foyer. E em cada espaço do edifício podemos adivinhar e ver o seguinte, tudo segue contínuo e fluido desde que entramos até ao momento em que nos sentamos. O edifício transforma em espectáculo todas essas pessoas que se movem e se cruzam enquanto a orquestra afina os primeiros acordes. O edifício vazio, sem gente, não tem sentido. Morrerá numa fotografia a preto e branco.

E no grande auditório, as diversas plataformas continuam a mesma lógica, sobrepondo-se como socalcos que descem a vertente de uma montanha envolvendo o palco, o centro do pentágono que constrói a sala. Nada é estanque e a sala continua e prolonga o movimento fluido e ritmado da música, dançando com a geometria o segredo de uma música, de todas as músicas.

No fundo, a Philarmonie combina dois espaços e duas tipologias, cruza dois programas aparentemente contraditórios. Vai buscar a tipologia da assembleia grega ou do bouleuterion para criar um anfiteatro. Combina uma ideia de música com uma ideia de espaço de convívio e esse é a grande vantagem, não isola um programa, acrescenta vários, multiplica as capacidades de vivência dos espaços. A Philarmonie não é apenas uma sala de música, é um ponto de encontro entre o homem, os outros homens e a música.
pedro bismarck

Saturday, March 24, 2007

Architecture is (e)motion
in dédalo#2 - movimento
pedro levi bismarck

2001-space odyssey, stanley kubrick


A NASA fez uma experiência. Construiu uma caixa sem arestas nem vértices, uma única superfície do tecto ao chão, totalmente branca e com um único material. Uma espécie de cápsula espacial oval, sem linhas, rodapés ou janelas, com a mesma luz opaca e constante e sem qualquer outra cor para além dessa névoa branca. Lá dentro, um único ocupante, também ele todo vestido de branco.

Ao fim de alguns minutos imerso nesse silêncio branco, o ocupante começa a sofrer alucinações. Frames ilusionais, slides imaginários produzidos pelo cérebro, que tentam assim compensar essa ausência de estímulos sensoriais. Não há referências espaciais, não há geometria nem perspectiva dentro desse contentor, apenas uma latência branca e contínua, um suspenso temporal e uma total ausência de movimento. E o que o cérebro tenta produzir com esses frames, para além de cor ou de formas é sobretudo movimento, sequências e sucessões que estimulem a própria mente. Sem esse motion, sem esse perpétuo movimento, o cérebro pararia, deixaria de funcionar. Porque movimento é o contacto do cérebro com o mundo que o circunda, é motion (moção) mas é também emotion (emoção). Isto é, não existe emoção sem moção; emoção é movimento e contacto entre corpos e matéria. A própria origem etimológica comum demonstra essa relação, do latim emotio, e + motio, sendo esse e, o prefixo que significa “fora, para fora”. Isto é, pressupõe um “cá para fora” um movimento exterior, uma projecção, porque emocionar é, também, a capacidade que temos de revelar algo e por isso de pensar.

O movimento é parte integrante do homem, mas é muito mais do que isso, obsessão histórica e necessidade biológica, desde que se lançou das florestas para as extensas planícies da savana, desde as primeiras representações artísticas das caçadas, desde a invenção da roda, do barco e depois da construção de estradas, pontes e aquedutos. Mais tarde, refutou-se a ideia de uma terra imóvel e estática, inventaram-se átomos, éter, e movimento universal de matéria e de luz. Newton, Bach, Neumann. Máquinas a vapor, impressionismo, cubismo, aviões, satélites, Internet. O homem é movimento, o corpo está em permanente acção, e quando não está, de noite enquanto dormimos ou em situações extremas – num deserto, nevoeiro, nessa cápsula branca – o cérebro encarrega-se de compensar essa ausência.
Para além disso, a cada momento histórico e “estilo” arquitectónico, corresponde um movimento próprio, uma concepção de espaço-tempo específica. Cada estilo tem a sua própria velocidade, o seu ritmo. E se na sua história o homem tem perseguido velocidades cada vez maiores, também essa realidade se reflecte na arquitectura. Arquitectura sobrepõe-se, os edifícios vão-se justapondo, todos com os seus ritmos e velocidades diferentes. O silêncio e a calma de um templo grego, apreendido serenamente enquanto se caminha pelas montanhas da península grega. A catedral gótica com o seu movimento vertical e a sua permanente construção e circulação de homens. O barroco, espaço diluído e dinâmico, essa percepção que a terra não é jamais corpo imóvel e estático. Depois, a máquina aumenta essa velocidade, retira a supérflua decoração dos edifícios e abre esses vãos e janelas. O vidro reflecte e multiplica os corpos – e o seu movimento –, é o material por excelência da arquitectura do século XX.

Tangencialmente a essa sucessão, existem outras situações-limite: a vasta planície do deserto, esse nevoeiro denso opaco, um parque de estacionamento vazio, um quarto escuro ou essa cápsula branca. Espaços sem movimento, onde apenas persiste a eterna duração do mesmo instante, a sua repetição milimétrica, ad aeternum…São por isso e voltando atrás, espaços sem (e)moção, não no sentido único de estabelecer ou não uma afectividade, mas emoção enquanto esse dispositivo de matéria que predispõem o homem a pensar. Ora, nessa cápsula o ocupante – não pode existir o habitante -, não age, não reage, vive apenas aquilo que já viveu, é só ele, diante de ele, imagens e alucinações da memória, remakes cerebrais. E por isso, também, esta cápsula retém em si essa bela e distinta contradição humana que exerce sobre nós um certo fascínio. Essa possibilidade impossível de um espaço sem tempo - por isso sem movimento - e esse estar fora da realidade., um espaço que escape à acção dominadora do tempo, ao desgaste do movimento. Mas que simultaneamente já não é lugar algum, porque é uma impossibilidade, um limite. Não existe um espaço sem estímulos, - nunca poderemos estar totalmente fora da realidade –, um espaço que não produza movimento e que não provoque emoção, que não projecte, que não crie. Seria apenas o homem parado e inerte, em frente a uma espécie de espelho da alma, num eterno instante e numa eterna loucura. Não há futuro dentro dessa caixa, apenas o silencioso branco da ilusão e da demência.

Essa cápsula branca é assim afirmação e negação da arquitectura. É utopia e desejo desse espaço intemporal, dessa ideia de eternidade, experiência-limite do homem, mas já não é arquitectura. Porque esta deve reter em si a capacidade de criar movimento, de provocar emoção, deve ser capaz de produzir esse e-motion. A arquitectura deve ser esse dispositivo capaz de transformar movimento em emoção, de produzir emoção, não para chorar ou rir, mas emoção, enquanto essa matéria potenciante de uma predisposição para pensar, de projectar o homem no mundo, de o mutar (regenerar) e de se mutar (regenerar) a ela própria. Deve inscrever e não ausentar, deve provocar e não anular. A arquitectura é a possibilidade do movimento, é a possibilidade da emoção e a possibilidade do pensar. Architecture is (e)motion.
pedro levi bismarck
referências:

Damâsio, António R., O Erro de Descartes. Lisboa, Publicações Europa-América, 1995
Morin,Edgar, O Paradigma Perdido. Lisboa. Publicações Europa-América.1975
Van de Ven, Cornelius, El espacio en arquitectura, Madrid, Ediciones Cátedra, 1981
Grande enciclopédia universal, vol.7, Lisboa , durclub, 2004

http://www.nasa.gov
http://en.wikipedia.org/wiki/Motion_%28physics%29
http://en.wikipedia.org/wiki/Emotion
OUTside

já saiu o mais recente número da revista DÉDALO
#2 MOVIMENTO


www.revistadedalo.blogspot.com

e na livraria aefaup

Tuesday, March 20, 2007

NOT FOR RENT! Nicht zu vermieten ! NÂO está para alugar!

Diary of an desOccupied building or How to reUse an homeless house?


in:


http://opo-021.blogspot.com/



Saturday, March 17, 2007

ARE WE STILL COMMING ON TIME?


the latest photos from OPO* in FLICKr:
http://www.flickr.com/photos/7374241@N03/sets/



*um par de suspensório ou....

*carnavalOPO*

*passagem de ano




Thursday, February 22, 2007

inauguração-festa. pintura e fotografia.
OPO*lab 21
sábado 22h 24 fev 07



Friday, February 2, 2007

CARNAVALOPO*

festa de carnaval na ribeira
19 fevereiro 2007


depois do sucesso da passagem de ano, a casa volta a abrir... Dia 19, festa de carnaval, 3 salas 3 djs... No primeiro andar , ainda perto do inferno, Dj playmobil repete a bonecada, desta vez com a companhia de "electric shoes" powered by nuno gonçalves... mais perto do paraiso a caminho do terceiro andar talvez a presenca da dj isi isi, quem sabe...

festa privada_limite de 400 carnavalopos_bar aberto_15 candeeiros

Saturday, January 20, 2007

OPO * 006»»»007
passagem de ano na ribeira





Monday, December 25, 2006


Uma casa, 4 salas, 1 caixa de escadas, uma passagem de ano, amigos,amigos de amigos, amigos de amigos de amigos, dj's, bar aberto...
DJ Playmobil, DJ DiS_eriid e mais amigos e convidados...
Dia 31 de Dezembro, a partir das 23, rua do infante 21, (entre o palacio da bolsa e o tunel da ribeira)...